quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lua Nova mostra evolução da saga Crepúsculo

Os fãs da saga "Twilight" não precisam se preocupar. "Lua Nova" atende a todas, ou quase todas, as expectativas de quem passou um ano esperando pela continuação de "Crepúsculo". Com mais ação, melhores efeitos especiais e uma trama mais madura, a segunda adaptação para o cinema dos livros escritos por Stephenie Meyer certamente vai deixar os adolescentes em polvorosa. Mas só eles.

O TSSC conferiu o longa em pré-estreia realizada em São Paulo. Durante toda a exibição, não faltaram gritos e suspiros em alto e bom som na plateia cada vez que Edward Cullen (Robert Pattinson) fazia uma declaração de amor a Bella (Kristen Stewart), ou Jacob Black (Taylor Lautner) tirava a camisa e mostrava o abdome bombado. Mesmo já sabendo de cor e salteado o que ia acontecer, o público se deliciou com as cenas colocadas na tela pelo diretor Chris Weitz.
Além da mudança na direção ("Crepúsculo" tinha ficado a cargo de Catherine Hardwicke), "Lua Nova" de fato representa uma evolução em relação ao primeiro filme, no qual a temática adolescente imperava. Agora, Bella e Edward ganharam um amor de proporções épicas, ao estilo Romeu e Julieta. Tanto que em uma das primeiras cenas do longa, os dois estão assistindo justamente a uma versão para o cinema do clássico de William Shakespeare.
A história começa com Bella em crise por completar 18 anos e, em teoria, ficar mais velha que Edward, já que o imortal terá eternamente 17. Para piorar, um incidente ocorrido na casa da família do namorado o leva a terminar o relacionamento e abandonar a heroína ao léu.
Deprimida, Bella descobre que a prática de esportes radicais lhe permite ter visões do amado que está distante. Em meio a isso, ela se aproxima de Jacob, personagem que mal aparecia no primeiro filme, mas que aqui é tão protagonista ou mais que Edward. Lobisomem, ele vai conquistar um espaço no coração da moçoila com a ausência do vampiro. Mas nesse aspecto terá sempre papel de coadjuvante.
Daí por diante, muito vai acontecer até que os pombinhos principais fiquem juntos novamente. Mas como eles não são Romeu e Julieta, é fácil prever que até o final do longa irão se reencontrar, já que ainda existem outros dois filmes para serem lançados.
Além da ação e dos efeitos especiais, o que "Lua Nova" traz de melhor são os coadjuvantes, como Ashley Greene no papel de Alice, irmã de Edward e agora confidente de Bella, e a introdução do clã dos Volturi, espécie de realeza dos vampiros. Bastam cinco minutos para que Dakota Fanning, no auge de seus 15 anos, roube a cena no papel de Jane Volturi. Assim como Michael Sheen interpretando o líder Aro.
Em compensação, o trio de protagonistas peca pela falta de atuação. Kristen Stewart melhorou um pouco em relação a "Crepúsculo", mas continua com uma falta de expressividade gritante. Robert Pattinson pouco aparece, mas quando o faz é sempre com uma feição de quem vai começar a chorar. E Taylor Lautner pode ter encorpado de um filme para o outro, mas ainda precisa comer muito arroz com feijão para ser considerado um ator.
Apesar disso, a falta de dotes artísticos provavelmente não vai ser muito notada entre o público adolescente, já que a história de Stephenie Meyer é envolvente o suficiente para os corações dos jovens. Assim como a trilha sonora, repleta de bandas bacaninhas, como The Killers, Muse, Death Cab For Cutie e Thom Yorke sem o Radiohead. Agora é esperar por "Eclipse", previsto para estrear em junho do próximo ano.
Confira o trailer oficial do filme:

Nenhum comentário: